sexta-feira, 23 de março de 2012

Esta semana lembrei-me tanto de ti, sabes? Como se precisasse tanto de um abraço teu. Sabes, deixei de ser eu, a doce pessoa, passei só a ser a distante. Fechei-me em mim, não preciso de mostrar mais quem sou, antes mostrava e o que se passou foi que ninguém se importou, ninguém deu valor, atiraram-me para o chão como se fosse um vaso feio e já meio partido. Agora sou o caco, mas o caco distante, que não se deixa pegar. Os meus intervalos são na biblioteca a ler, os livros não se queixam da minha companhia, e ao menos fazem-me sonhar, algo que o sono não faz há muito. Não tenho vontade de falar com pessoas, não tenho vontade de falar sequer, acho que já nada vale a pena. Desculpa o desabafo, mas escrever para ti é como escrever para mim. Quem me dera poder ter medicação para esta dor, esta dor que, se muitos sentissem apenas metade já não sairiam da cama de manhã. Obrigada por seres quem és, e por saber que estás sempre aí.

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